Soneto de Renúncia.
Chego aos dezesseis meio cansada
deslizando no abismo com total entrega,
as minhas páginas já estão rasuradas
e das minhas mãos fatigadas escorrega.
Nessa vida de pleno delírio absorto
meu corpo padece solitário,
os pensamentos vooam de encontro ao imaginário
enquanto minh'alma bóia num obscuro mar morto.
O que me importa esse Mundo de desgraça,
se nessa vida vivi como uma palhaça
para que os outro gozassem de rir.
Do que me vale esse "talento"
se morro neste exato momento
lamentando por nunca mais escrever para ti.