Soneto de Renúncia.

Chego aos dezesseis meio cansada

deslizando no abismo com total entrega,

as minhas páginas já estão rasuradas

e das minhas mãos fatigadas escorrega.

Nessa vida de pleno delírio absorto

meu corpo padece solitário,

os pensamentos vooam de encontro ao imaginário

enquanto minh'alma bóia num obscuro mar morto.

O que me importa esse Mundo de desgraça,

se nessa vida vivi como uma palhaça

para que os outro gozassem de rir.

Do que me vale esse "talento"

se morro neste exato momento

lamentando por nunca mais escrever para ti.

ladyjady
Enviado por ladyjady em 29/04/2011
Reeditado em 14/05/2011
Código do texto: T2938638
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