TEATRO DA VIDA
TEATRO DA VIDA
Puxo o véu do ferro que humilha,
Desmascaro o azar da máscara,
Enfrento sanguinário férrico,
Desfaço a aura escura que fervilha.
Arranco a carranca que fulgura,
Fuzilo com olhos de metal,
Pra exterminar a criatura,
E o embaraço do teatro da amargura.
Canso, descanso, penso, continuo,
A luta desvairada ao mascarado,
Vou fundo na alma não recuo.
Com ferro me debato em ânimo,
Quase venço o imenso calor envolvida
Me largo, me entrego ao anônimo.