ASSOMBRAÇÕES
Fagner Roberto Sitta da Silva
Vasculho sempre os longos corredores
da velha casa, que eram assombrados
pelas visões da infância, os sonhados
fantasmas do meu túnel dos horrores.
Seriam os antigos moradores,
assombrações de olhares assustados,
que se foram com passos já cansados
ou, talvez, fossem cheias de pudores?
Penso que eram apenas concebidas
imagens que a criança construía
sempre com as histórias de uma avó.
E, hoje, elas são somente estas perdidas
visões feitas de simples fantasia
de um homem que as recorda sempre só...
Garça, 24 de abril de 2011.