O ÓCIO DA NOITE
Quando a noite cai no ócio sombrio
E no céu estrelas apagam-se tristonhas
Ficam apenas cinzas nuvens bisonhas
E minha pele sente o lúgubre frio.
Os mistérios da escuridão que furta
Os anseios d´alma de vida carente
E tudo que a tétrica noite faz e sente
Urde um liço e a tristeza surta...
A minha pele que enrugada do atrito
Da espera de infinda noite sem luar
Pelo frio fustigante da tristeza.
E a longa espera de tanto esperar
Pela luz da aurora e sua grandeza
Trará de novo o azul desse céu bendito.
(YEHORAM)