SAUDADE DESMEDIDA / GIGANTESCO / ENGANAR-SE
SAUDADE DESMEDIDA (Aos Cariocas, em especial a Ariadne Cavalcante)
Bateu-me uma saudade, desmedida;
Saudade tão intensa, muito forte,
Ah, que levou minh’alma, aqui, do norte,
Impetuosamente, decidida!...
Cruzei este Brasil, tão gigantesco,
Na cabine d’um jato executivo;
Na hora de chegada, emotivo,
Pude ver belas nuvens, arabesco!...
Ai, quanto encanto vejo, nesta aurora;
O pouso desta nave... Corcovado!!!
Emoção no meu corpo, por inteiro!...
Já não sinto vontade de ir-me embora;
Mato minha saudade, extasiado,
De andar pelo Rio de Janeiro!....
Aarão Filho.
São Luís-Ma, 28/04/2011
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GIGANTESCO
Ah, amor, tão sutil, que me acompanha,
E, deita na tu’alma, bem amena,
Gigantesco, e tem força, mais, tamanha,
Suave e delicado, feito a pena!...
Esse amor que floresce belos sonhos,
E, me faz sonhador das tuas ternuras,
Quando enxuga meus olhos, mui tristonhos,
Deixa a alma polida, sem ranhura...
Ah, amor, aguçado, que permeia;
É como o mar cobrindo a alva areia,
Onde teus passos são a minha vida!....
Esse amor que reluz e me clareia,
Ah, que se afina, canta e presenteia,
Qual densa primavera, tão florida!
Aarão Filho
São Luís-Ma, 06/11/2007
Republicação em 28/04/2011
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ENGANAR-SE...
Eu pingo os ii,
morto de saudades!
Amar sem pensar,
hoje, é ser parvo!
Enfrento o ermo;
Eu ganho!
E, por nada sermos,
Apanho!
Fingi fortaleza,
Eu, que pouco calei...
Entre risos de coragem,
Chorei!
Um dos primeiros poemas que escrevi, ao saber que uma amiga muito querida tinha falecido no Rio de Janeiro durante as férias. Na época, eu era muito apaixonado por ela, e nunca tive a oportunidade de dizê-la.
Não lembro a data exata, mas o ano era 1980. Eu tinha 15 anos.