ABISMO

Como eu andei nas ruas fatigantes,

Tropeçando nas pedras espalhadas,

Errando nos caminhos, nas pisadas,

Ah, deixando meus rastros, inconstantes!...

Pisei, sem dó, nas flores, tão brejeiras,

Abertas em beleza pela aurora;

Ofertas desta terra, bela, agora,

Em pétalas, nas várzeas, por inteiras...!

Pois, comigo, de mãos dadas, o rancor,

Tanto tem me arrastado a uma vã sorte!...

Ó Deus, dá-me um juízo, compreensão!!!...

Por que te foste embora de mim, amor,

Deixando-me, nas vias más da morte,

Empurrando ao abismo, meu coração?...

Aarão Filho

São Luís-Ma, 26/04/2011

********* Amigos, por favor, desculpem a minha ausência!*******