INFORTÚNIO
Hoje eu faço da vida uma nova canção,
a qual permite-me ver uma bela estrela,
mas, cuja visão é menor que a dor de perdê-la
nessa infausta hora e sem nenhuma razão.
Mutilado já está agora o meu coração,
sabedor de que nunca mais poderá vê-la
no seu passeio matinal, quanto mais tê-la,
e, em nada conforta a minha desilusão.
Levaram os meus tempos de áurea beleza,
quando abraçava de prazer a minha vida,
que por hora desfila no átrio da incerteza.
Quem sabe no dia de minha despedida,
honre-me o destino e possa com presteza,
brindar-me, então com essa visão desmedida.
Marco Antonio Orsi
28.04.2011