HOMENAGEM A LÊDO IVO

Agora que é abril, e o mar se ausenta,

secando-se em si mesmo como um pranto,

vejo que o amor que te dedico aumenta

seguindo a trilha de meu próprio espanto.

(Lêdo Ivo)

HOMENAGEM A LÊDO IVO

(Mario Roberto Guimarães)

Se o mar de abril te mostra o quanto amas

A musa, ao recolher-se em ondas tantas

E se, mais a amando, mais te espantas,

Ao mar não cabe a culpa do que clamas...

Não vês que o pressuposto que levantas,

De que o mar se seca como um pranto,

É mero e ilusório desencanto,

Quando se ausenta a paz do amor que cantas?

Se morrem, em abril, as tais canções

Formosas e sutis dos outros meses,

Talvez não seja o mar que se afigura

A imagem viva do que te tortura...

Podes ter crido amar algumas vezes,

Quando amores não tinhas, mas paixões.

Obrigado aos amigos que me honram com interações.

No oceano de meus olhos

A secar as águas do mar

Eu disse basta senhora tristeza

Porque não mais vou chorar

Não existe no mundo quem possa

Tirar o brilho do meu olhar

Viverei de hoje em diante

Feliz da vida, radiante!

(Marllene Borges Braga)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 28/04/2011
Reeditado em 28/04/2011
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