O ÓCIO DA NOITE

Quando a noite cai no ócio sombrio

E no céu estrelas apagam-se tristonhas

Ficam apenas cinzas nuvens bisonhas

E minha pele sente o lúgubre frio.

Os mistérios da escuridão que furta

Os anseios d´alma de vida carente

E tudo que a tétrica noite faz e sente

Urde um liço e a tristeza surta...

A minha pele que enrugada do atrito

Da espera de infinda noite sem luar

Pelo frio fustigante da tristeza.

E a longa espera de tanto esperar

Pela luz da aurora e sua grandeza

Trará de novo o azul desse céu bendito.

(JORÃO BENTO)

JO BENTO
Enviado por JO BENTO em 27/04/2011
Reeditado em 27/04/2011
Código do texto: T2935172