Condenado

 

Eu me perdi ao mundo em fogo extremo

por melancólicos vícios desprezados,

que aos seus lavores imaculados

me prendeu n’alma tudo o que tenho...

 

E por medo a sanidade eu me condeno

nesse achaque a devaneios desconcertados

por morrer à devassidão os condenados,

qual a mim, eternizados, no que temo...

 

Todavia, oh, imaculada, do além desprezo

em mim não esqueço do amor que tens,

e nem ao menos dos risos que eu já lhe dei...

 

Pois, aos versos em verdade eu te apreço,

mesmo a mim, ter condenado, aos seus bens,

em amor, oh, vida, lhe canto o que julguei.

 

(Poeta Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 27/04/2011
Reeditado em 27/04/2011
Código do texto: T2934091
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