MEU CORAÇÃO

Ai, meu coração, tira meu sossego,

sempre a me prender, laça meu juízo,

toma essa emoção, dá teu aconchego!

Não quero saber do meu prejuízo!

Ai, meu coração, bate sem cadência,

sei do teu prazer em comer orgulho,

joga-me no chão, beija-me a carência!

Risco de morrer? Mesmo assim mergulho.

E do início ao fim, tons tão imprecisos...

Por vezes pavor, por vezes sorrisos,

em flertes com sim, aos coitos com não.

Gozar teu valor? Só ter sapiência

de aceitar, enfim, tanta incoerência.

Tu és puro amor, ó meu coração!

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 27/04/2011
Reeditado em 27/04/2011
Código do texto: T2933415
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