Obscura manhã

A bruma se escura sutil na manhã

Vagando silente exposta ao nascer

Preenche lacunas temor a envolver

Anunciando furtivo um véu leviatã

Cegando os olhos em febre terçã

Branco agride infundo amanhecer

Negra a fumaça insiste o esconder

Cinzas assombram o novo amanhã

Espectro em tons que dilui esse mal

Doura ao infecto do infame imortal

Prostra o raiar em findar torpe breu

Prospecto corpo entorna esse cabal

Extirpa o intruso em deforme letal

Triunfa o teu dia que a noite jazeu

Danilo Rodrigues de Castro
Enviado por Danilo Rodrigues de Castro em 27/04/2011
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