Soneto n.197
Tento evitar minha próxima queda
caminhando em um fio de navalha,
mas há atração que não se apieda
e um vazio que a visão embaralha.
A tua distância, de mim, te arreda
e meu equilíbrio vital sempre falha:
é igual a comprar com falsa moeda,
o que veda a lenha para a fornalha.
...
Eu piso na beira da muralha e salto
para o vácuo e para o negro asfalto,
falto de mim ... carente e sem diretriz.
Ah! Porém, em vez de cair, insubmisso
o meu espírito voa (feito fosse feitiço)
liberando as asas como fazem os colibris!
Silvia Regina Costa Lima
24 de abril de 2011
Tento evitar minha próxima queda
caminhando em um fio de navalha,
mas há atração que não se apieda
e um vazio que a visão embaralha.
A tua distância, de mim, te arreda
e meu equilíbrio vital sempre falha:
é igual a comprar com falsa moeda,
o que veda a lenha para a fornalha.
...
Eu piso na beira da muralha e salto
para o vácuo e para o negro asfalto,
falto de mim ... carente e sem diretriz.
Ah! Porém, em vez de cair, insubmisso
o meu espírito voa (feito fosse feitiço)
liberando as asas como fazem os colibris!
Silvia Regina Costa Lima
24 de abril de 2011