MADRUGADA AMANTE - XVIII

Dizendo no seu fecho em bela fala

A madrugada uiva o verbo amar

Inflamando o rubor que o instinto cala

Por querer-se adornada em só luar

E a gente entende como sendo gala

De um tempo leve no infinito ar

Que em hora dessas basta o contemplá-la

Mítica musa em pele do adorar

A fúria do prazer é evidente

Emerge do espetáculo que excede

À gloria sublimada em nossa mente

É coisa tão silente em que sucede

Paixão que forte vem e indiferente

Mas é, 'incontinenti', como pede

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 25/04/2011
Código do texto: T2930516
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.