Soneto da despedida

Sinto no peito a dor da despedida...

Muitas perguntas ficarão sem respostas...
E eu irei, de mãos dadas com a vida
Fechando de vez da minha alma a porta
 
Perde-se o alento em busca da felicidade
E sai pela janela aquela intrepidez
Que deixa do seu medo a vulgaridade
Levando consigo toda sua altivez...
 
Quem dera houvesse lembrança de paz,
Ou pudesse seguir e não voltar atrás...
E ver nas promessas de amor a sinceridade
 
E viver a vida de certezas e fidelidade
Entretanto, vi na tempestade a frágil bonança
Pois no romper-se do véu, fugiu a esperança.