ESTRANHO AMOR
Estranho Amor
Thereza Poesia
Vem, me expõe assim, me arranca a alma
E se te dá algum prazer, desfolha-me...
Sapara cada pétala e enfim se acalma
Se for preciso magoar-me, imola-me!
Se é pra ouvir teu pranto, que o meu seja,
Que a tua dor em mim se configure,
É mais viável assim, que eu me torture
Do que cortar a mão que me apedreja.
E o meu amor entregue, insano e cego
Se arrasta pelo ápice do teu ego
Na contramão do que eu supunha ter...
Se na loucura de tuas mãos navego,
Teu corpo é o leito aonde enfim sossego,
Prisioneira do meu próprio ser!