Abismo do Homem
De novo acorda, imerso em luz de aurora
E de nova a cólera surge o todo o agora
Paz pelos campos e certo perdido antro
O véu da noite mais me parece um manto
Solidão de homem, cruel abismo sem fim
Cravejado de dúvidas, irreal que sou de mim
Brilha as estrelas distantes em tempos de luz
Quando de noite se apaga o Sol que me conduz
Dorme o homem sobre a própria sorte
Apontando o dedo para o ponto norte
Enquanto arde a chama e seu profundo corte
O abismo é visível, palpável como o mar
De puro menino insisto com meu sonhar
O que me é aprazível senão o teu puro amar?