NA COVA
Tanto pranto que lamentas
Encuba ódio intermitente
Outrora amavas puramente
Hoje em mágoas que fermentas
Das angústias persistentes
Quando ausentes, tu inventas
Lentamente alimenta-as
Medita na dor que sentes
Quase adora todos os "ais"
Sempre mudo; ninguém sabe
Tua pobre razão morta
Foste vivo, não és mais
A tristeza já não cabe
Em tua vida deveras torta