SONETO AO PÔR-DO-SOL
Fagner Roberto Sitta da Silva
Astro rei já baixou no firmamento
trazendo cores quentes ao poente,
e com nuvens varridas pelo vento,
antes que a grande escuridão se assente.
Enquanto isso, nutria o pensamento
de que somos pequenos, nada frente
a este espetáculo do movimento
do grande astro que segue indiferente.
Tudo mergulhará na solidão,
mas como luzeiros mil pela amplidão,
num lusco-fusco sobre o breu profundo.
E escurece... mas fico inda pensando
que em minha terra Deus está pintando
os mais belos crepúsculos do mundo.
Garça, 19 de abril de 2011. 18:30hs