Medo de amar
Todo dia ele subia
O morro de onde espia
A menina do outro lado
O deixava apaixonado
Preso em pedra seu verso
Deixava na encosta rolar
Esmerilhada no caminho
Deixava a rima acabar
Não o assustava o espinho
Receiava não poder voltar
Para o lado que conhecia
Se todo o dia o morro subia
Como o outro lado o aturdia?
Se até a pedra por ele descia