Dolorosa farsa

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Ao pulsar fortemente e de modo tão acíclico,

martelando assim meu fenecer real e místico,

exorbita o calor que das artérias límpidas

resguarda em mim o bem da força vil, holística.

Se externo a fantasia do meu amor esplêndido;

se mascaro o ressoar do sentir-se recôndito...

Quero apenas, por mim, sem nenhum til, parêntesis,

pulsar o quanto pulsa meu sonhar, sou gênesis!

Que das cores vermelh’azul, pura biogênese,

colorindo a dor do meu semblante analógico,

surja, em mil polvorosas, o vagar de Parmênides!

Pois se a vida, enquanto sopro, é pórtico...

Espero ressurgir das flores dos crisântemos!

Ah vida...Doce morte! Cerne e farsa, âmagos!

Nijair Araújo Pinto

Juazeiro do Norte – CE, 20 de abril de 2011.

10h13min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 20/04/2011
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