A ABANDONADA

Sinto dores, coração sangra, alma chora

Para uma vida plena, você fechou a porta

Fui abandonada com requintes cruéis, pavor

Quero que rasgue meus poemas d’amor, por favor,

Não quero nunca mais te ver, morri para você

Meu coração envia-lhe raiva num roxo buquê

Se de nós lembrar, veja a dor que causou em mim

Eu, que só queria viver, com você, uma amor sem fim

A vida é mesmo assim, às vezes justa, às vezes não

Mas nesta vida tudo vai, tudo volta, como num clarão

A decepção, quando grita na alma, não tem conserto

Um dia quis, com você, minha vida dividir

Vi tua ingratidão, e de você consegui sair

De um amor puro ninguém esquece, isto é certo

Luamor

“...Sou talvez a visão que Alguém sonhou,

Alguém que veio ao mundo pra me ver

E que nunca na vida me encontrou! “

Florbela Espanca - Livro de Mágoas

OBSERVAÇÃO: O "Eu lírico" nas minhas poesias não se chama Luamor...

Luamor
Enviado por Luamor em 20/04/2011
Código do texto: T2919574
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