FUGA
Já não ponho meus pés nesta rua
Numa aguda tristeza resvalo
O meu leito de painas é ralo
... Na cortina uma estrela flutua
No meu pé, atormenta este calo
E no mar minha lágrima estua
O cavalo que arrasta a charrua
Abre o sulco e só resta fechá-lo
Não bifurca uma encruzilhada
Mas amplia essa estrada tão vasta
Deixa em cruz uma escolha difícil
Subo ao céu na rabeira de um míssil
A fumaça é um sinal que se arrasta
Vejo ao longe outra lágrima alada.
(a velhos tempos!)
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