PESADELO
PESADELO
Joanilson
O frio de julho trouxe uma turva neblina,
Que cria imagens holográficas com as luzes,
A cidade mais parece um cemitério, cheio de urzes,
Que impressiona as fortes visões com a chuva fina.
Querendo libertar-me dessa macabra visão,
Abro os faróis altos, tentando “furar” o negror da noite,
Mas o gélido vento sopra ao meu ouvido, em açoite,
Completando o nebuloso quadro, na total escuridão.
Mas esse pesadelo sem fim que me atormenta,
Me dá calma, para recobrar a plena consciência,
Usando a pureza da razão que a prática alimenta.
Nas horas de conflitos e de impaciência,
Em que o homem se supera, se agiganta e tem ciência,
De que só a fé em Deus tudo resolve, e tudo contenta.
Campina Grande, PB, Agosto de 2007