SONETO DA INDIVISIBILIDADE
Sob o desígnio do amor, de Eros, da farsa
Mergulhei na insônia, que ao pesadelo atira
O que meu desejo sonhou. Mortal é tua mira,
O que inspira desnuda, fria, descompassa.
Mas inevitável é o desejo, a mim, o coração dirá,
Bebendo o amargor em tua insana taça.
Mesmo sabendo dessa dor por qual passa
E, por conseguinte todo meu ser passará.
Cala! Não vê que por esse amor estou enfermo!
Por saudades infindas, ciúmes... desço ao inferno,
Não resisto ou controlo por ti meus sentimentos.
Mesmo querendo-te amo tua liberdade
Pois me tens preso a essa voluptuosidade
E sou hipnotizado por esses teus encantamentos.