SINA INGRATA

SINA INGRATA

senhora, dos teus esponsais vêm sério almejo,

só em fantasia terei teus lábios rosados,

vivo somente a insânia de beijos roubados

que constitui meu mais adúltero desejo.

<< sina ingrata, não conheces mapa traçado

nem tampouco predispões almas ao seu ensejo

e não vibraste o quanto eu vibro enquanto vejo

os enigmas de um lânguido olhar encantado.

por que só hoje e tão distante me honras em vê-la,

mostrando a foto de linda mulher sem tê-la,

pois a lei nos tolhe mesmo ingênuas ilusões. >>

mútuos carinhos, doces beijos, terno abraço,

esconder, enfim, no escuro céu o nosso espaço.

e por evos viver delírios e emoções.

Afonso Martini

170411

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 18/04/2011
Código do texto: T2915933
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