Soturno
A noite se estende silente
Sob um luar de prata a desfilar
Lembrando a alma o brilho do oriente
E o Deus eterno sempre a esperar
A vida passa sutilmente
E é preciso a cada instante derramar
A consciência que clama insistente
De que é preciso ir adiante, caminhar
Tudo que desejo é no último momento
Contemplar o percorrido sem constrangimento
Na certeza de que fiz o melhor de mim
Vivi intensamente cada sentimento
Não permiti que nenhum pensamento
Viesse a perturbar esse meu fim