Soneto n.196
Que posso eu dizer-te, Amor,
que ainda não te tenha dito,
se tudo que sinto foi escrito
num verso triste ou sedutor?
Que posso te oferecer, Senhor,
aqui deste castelo tão bonito
se tudo que há nele - admito,
já ofereci ao meu usurpador?
Pois cada sonho meu depositei
bem aos pés desse adorado rei,
de quem sempre estive à espera.
Guarda-me, te pedirei às claras,
tal e qual fazem as rosas raras
à nossa maravilhosa Primavera!
Silvia Regina Costa Lima
2 de março de 2011