Soneto para Melzinha
Em sonho, no teu corpo viajo,
Me perco acordado,
Te vejo e reajo,
Instinto calculado.
Suas roupas se tornam barreiras,
Mantendo meus olhos vendados.
Então, minhas mãos faceiras,
Percorrem seus poros, quentes, suados.
Enfim, me torno um, com você,
Na ânsia de um tal querer,
Que no dourado dos seus pelos,
Nessa pele tão lisa e morena,
Eu me entrego aos apelos
Da minha sede, tão forte e plena.