PRAZER NA DOR
Na trilha andas deveras triste,
Apalpa a água suja e toma,
Se afoga ou sente qualquer sintoma,
Que te maltrate e não persiste.
Sentes prazer na dor que soma,
O nada ter com o ser que exite,
E no pescoço o barbante insiste,
Em sufocá-lo sem hematoma.
Elucubrar na imensidão do horror,
Que construiste por tua conta,
Enlouquece o verso e até enjoa.
Se fascinar com emoção e dor,
Deixa qualquer pessoa tonta,
É triste amar o que te magoa.