Madrugadas

São de insonia as minhas madrugadas,

pois delas faço tempo de vigia

à espera de que as horas arrastadas

rendam-se enfim à luz de um novo dia.

Nas madrugadas ando entre lembranças,

recolho aqui e ali restos de sonho,

tropeço em ilusões e em esperanças

e no mesmo lugar de novo as ponho.

Enquanto todos dormem, eu divago

nos caminhos em que já andei um dia,

ainda guardados na mente e coração.

E quando chega a manhã, ainda trago

sobras da noite, pra fazer poesia,

porque elas são a minha inspiração.

Amaury Nicolini
Enviado por Amaury Nicolini em 12/04/2011
Código do texto: T2903751