FERIDA
Quando acordei meu sonho estava ali!
Com ele, um velho amor, que revivi.
Quimeras vezes doces, vezes puras,
rascunhos de futuras desventuras.
Padeço intensa mágoa, não por ti,
mas pela reclusão... Não consegui
sair do pesadelo; as leis são duras!
—Têm garras, vêm ferir as criaturas.
Há muito já esqueci qualquer sorriso,
de abraços e carinhos mais, preciso,
sentir calor e a força que conforta.
Mas à felicidade, eu abro a porta,
permito que se vá. Eis-me vencida!
— Real é a crueldade da ferida.
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