LUA NOVA
LUA NOVA
A lua com risinho amarelo, formosa,
debruçando-se sobre o alpendre do infinito,
Embora de coração apertado e contrito,
silente, deixa-se levar, linda e dengosa.
Co’os olhos voltados pra terra, prende o grito;
vê seu amado poeta poetar novas musas.
No peito explode a dor; as ideias confusas,
se resigna e maldiz seu destino maldito.
Vê em torno o ledo pisca-piscar das estrelas
encolhe e se faz pontinho sem luz entre elas,
para que não vejam sua imensa tristeza.
Mas outro poeta que a vê, escura e distante,
com doce pranto lava os pés da amada infante
e ela, então, ressurge plena em luz e beleza.
Afonso Martini
060411
Te agradeço, doce poetisa Helena, por esta sublime interação. Tua prosa poética, em diálogo com a Lua Nova, que, com ciúme do poeta, entristeceu-se em seu passeio noturno, pede-lhe ajuda e não ciúmes...
Linda, linda, linda e propícia poesia, encaixando-se ao natural nos meus versos.
Obriado, Helena, por este mimo que me fazes!
HELENA GRECCO:
Perdoa-me, ó, Lua!
Se o amor que em meus olhos rebrilhou
Igualou-se ao teu brilho de dona da noite...
Jamais, a ti quis ofuscar...
Minh'alma trilhava teus rastros Solitária e nua,
Quando o olhar de um poeta me encantou
E desejei, com a força do mar em açoite
Ocupar o teu lugar...
Perdoa-me, ó, Lua!
Entenda! Compadeçe-te de mim...
Derrame sobre nós o teu calor!
Guia meus passos pelas ruas
Faça com que ele venha e assim,
Concretize-se sob os teus olhos,
Este nosso amor!
Bom dia, Afonso! Lindo, lindo o teu soneto! Veja se esta prosa não se encaixa perfeitmente no teu soneto...rs Bjs de bom dia
Para o texto: LUA NOVA (T2900020)
Afonso Martini
110411