Folha maculada
Uma folha em branco,
um lápis, uma caneta, algo que risque,
que rabisque, que rascunhe,
que cunhe na brancura da folha,
idéias, sentimentos, vontades.
Anseios que pulam para o papel,
num frenesi louco...
Palavras há tanto reprimidas,
como reprimidos foram os sentimentos,
agora rebelam-se,
não pedem, exigem passagem.
E a folha antes branca, imaculada,
perde a alvura, ganha máculas.
É brindada com histórias,
deixa de ser estéril...
Ganha vida!