Folha maculada

Uma folha em branco,

um lápis, uma caneta, algo que risque,

que rabisque, que rascunhe,

que cunhe na brancura da folha,

idéias, sentimentos, vontades.

Anseios que pulam para o papel,

num frenesi louco...

Palavras há tanto reprimidas,

como reprimidos foram os sentimentos,

agora rebelam-se,

não pedem, exigem passagem.

E a folha antes branca, imaculada,

perde a alvura, ganha máculas.

É brindada com histórias,

deixa de ser estéril...

Ganha vida!

Fernanda Maria
Enviado por Fernanda Maria em 13/11/2006
Reeditado em 22/11/2006
Código do texto: T289727