Espelho


Espelho  frio a mostrar o âmago da alma
Oxidada pelas marcas indeléveis da vida
Vertes a decadência da estética  patética
Frágil matéria decomposta em apostas
 

Quebrar-te inútil, sedimentou o curto tempo
Atormentas decomposição da tosca fachada
Percalços, estradas escuras  nuas estreitas
 Solidão velada nos tétricos becos do nada


 Digladiar  entre imagem  e  suposta miragem
 Desconectar  da alma , apunhalada a matéria
 Etéreo viver  mesclado,  assombrados sonhos 

 Luta inglória se mostra entrevar  o combate
 Silenciosa a alma assimila  a triste paisagem
 Desertas estradas  percorridas que a abate
                                              (Ana Stoppa)  
 
 
 
 
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 07/04/2011
Reeditado em 25/04/2011
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