SONETO DE MORTE
O medo parou de contentar-se
Com a tristeza existindo imperial.
Grita o mais alto, nunca a calar-se
E rouba da dor um canto infernal
Se tirar-me a máscara medo
Verás dentro do peito escondido
O meu mais profundo segredo
Erguer-se do sono contido.
Da mais distante escuridão
De onde a alma nunca chegou
Brotou uma secreta vontade
Veio e se alojou no coração
Sem pena, em vida me expirou.
Levou-me para o mundo da Verdade.