SONETO DO LAVRADOR
Fagner Roberto Sitta da Silva
ao amigo, poeta e violeiro Luiz Idálgo.
No fim da tarde o lavrador, cansado
da dura lida, volta para o pobre
casebre; a noite, pouco a pouco cobre
os caminhos, o campo já lavrado...
A vista do casebre iluminado
o enche de uma alegria que descobre
guardada há muito, e tudo se recobre
da mesma enquanto corta o descampado.
Em casa encontra a janta sobre a mesa
feita por sua esposa, com o amor
de sempre, dedicado com simpleza.
E de tudo isso lembra o cantador,
tecendo versos puros da beleza
de uma vida de pobre lavrador...
Garça, 5 de abril de 2011.