Ai de mim...

Vai de mim, pensamento insólito

Sai de mim, loucura penumbrosa

Caia em si, sua mente fantasiosa

Cala-te já, a boca, sem propósito

Ai de mim... tal lingua mentirosa

Vai assim, celebrando neste rito

Fala por mim, eu quase acredito

Reza teu latim, praga perniciosa

Rasgou céu de estelas tão bonito

Matou toda essa magia deleitosa

Atirou a minha poesia ao infinito...

Não sai, nem um verso, ou prosa!

Não sei donde vem, se regurgito!

Não vai a sangue veia horrorosa!

Valdívio Correia Junior, 05/04/11

Juninho Correia
Enviado por Juninho Correia em 05/04/2011
Reeditado em 28/01/2024
Código do texto: T2891870
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