INQUIETUDE

Na inquietude dos meus dias

nem sinto o tempo passando,

sou barco nas noites frias

pelos mares navegando.

Como folha jogada ao vento

ou cortes sem cicatrizes,

não sinto passar o tempo.

Meus passos não têm raízes.

Se um dia sentirei falta,

de colo ou beijo atrevido,

de amores que alguém exalta

ou outros que terei perdido?

Nunca coloquei em pauta,

nem lembro de ter partido.

Ernesto Braga

03/04/2011

Ernesto Braga
Enviado por Ernesto Braga em 05/04/2011
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