O Verdugo

Os seus trajes negros, que emolduram o ar,
Carregam tons de amargas dores futuras!
O seu hábito nocivo que profana sem argumentar;
Não mais engana, pois faz mal habito das posturas!

Quantos ditos ao longo do seu destino mesquinho...
Em seu ninho, os abutres fazem pouso e o lar...
E lá, os roubos, furtos e trapaças, brindados a vinho,
Transportam-se em cargas para além-mar.

A desgraça com que fere a infante razão
Jamais sentirá, na sua carne, a força da lei
Já que o juiz que lhe dá a mão e o perdão

Confunde quem sofre; quem é pobre; ou rei...
No livro não está escrito o rito da comunhão;
Nem quem pode se afastar da igreja onde orei.


Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 05/04/2011
Reeditado em 06/04/2011
Código do texto: T2891500
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