TEUS LAÇOS
No teu estro iriante, eu me alastro
a beber tua seiva tão pura,
a firmar minha posse, erguer mastro,
embrenhando-me langue em loucura!
Hialinos olhares, luz de astro,
me iluminam caminhos, fulgura
cristalina emoção, suga o rastro,
os meus rumos, sentido, em brandura.
Então sorvo-te os pomos, as frutas,
sigo heroico em retorno às labutas,
faço em ti toda a força, meus braços.
E eu, assim, vou vencendo essas lutas
que despejam-se em mim, torpes, brutas,
protegido, bem preso aos teus laços.