Soneto de Palavras
Um ser humano é meu amor...
E as palavras me percorrem em ruas vazias
Agora desabitas... da multidão inóspita
Um ser humano é meu amor e tu mentias!
Meus passos já me conduzem pela vida
E quero ficar nesse nem sei quê, que te insisto!
De longe dos cantares, do inócuo do amor!
Onde tudo se enconde, e só teu não amor pressinto!
Sim, dizer-te sim mais uma vez é dar-te palavras por presente
E tornar-me escrava das palavras que nem se sente
E nem poder livrar-se, por mais que do tentar se tente!
Dar-te palavras e me reconduzir a esse lugar de vã espera
E só esperar, esperar, esperar... que amor se revela!
E não se revela... e morro triste como rosa na janela!