Soneto de Palavras

Um ser humano é meu amor...

E as palavras me percorrem em ruas vazias

Agora desabitas... da multidão inóspita

Um ser humano é meu amor e tu mentias!

Meus passos já me conduzem pela vida

E quero ficar nesse nem sei quê, que te insisto!

De longe dos cantares, do inócuo do amor!

Onde tudo se enconde, e só teu não amor pressinto!

Sim, dizer-te sim mais uma vez é dar-te palavras por presente

E tornar-me escrava das palavras que nem se sente

E nem poder livrar-se, por mais que do tentar se tente!

Dar-te palavras e me reconduzir a esse lugar de vã espera

E só esperar, esperar, esperar... que amor se revela!

E não se revela... e morro triste como rosa na janela!

dhália
Enviado por dhália em 12/11/2006
Código do texto: T288929