Fantasma de Saudade

Pega agora, mulher, aquela faca

E embaixo do colchão, o teu dinheiro

abre meu peito, arranca a tua marca

que como um cancer, me consome por inteiro

Que me adianta, teu corpo sobre a carne fraca

Do meu corpo quente, qual um braseiro

Se teu futuro ao meu já não abarca

se em teu peito, já não serei o derradeiro

Não quero do teu olhar, a piedade

Não quero o calor do teu abraço

Se ele só vem por amizade

Mulher, só tive paz em teu regaço

e hoje um fantasma de saudade

Ocupa em meu leito o teu espaço

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 04/04/2011
Reeditado em 04/04/2011
Código do texto: T2888774
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