Fantasma de Saudade
Pega agora, mulher, aquela faca
E embaixo do colchão, o teu dinheiro
abre meu peito, arranca a tua marca
que como um cancer, me consome por inteiro
Que me adianta, teu corpo sobre a carne fraca
Do meu corpo quente, qual um braseiro
Se teu futuro ao meu já não abarca
se em teu peito, já não serei o derradeiro
Não quero do teu olhar, a piedade
Não quero o calor do teu abraço
Se ele só vem por amizade
Mulher, só tive paz em teu regaço
e hoje um fantasma de saudade
Ocupa em meu leito o teu espaço