Amarga Amante
Solidão! Amarga companheira, olha-me
Enquanto sorvo o licor das tuas tetas
Olha-me! Assombração que me consome
Apara-me dos olhos as desilusões liquefeitas
Porque silencias, ó cruel substantivo?
Porque me escondes tua silhueta?
Toca-me o corpo, sente o frio convulsivo
Resultado da paixão mais imperfeita
Desposa-me, abraça-me, leva-me contigo
Para os confins das sombras que te alimentam
Arrasta-me nos braços para o teu abrigo
Eu já não suporto e já comentam
Que meus olhos, como os de um mendigo
Perderam o viço e já não se sustentam