Amarga Amante

Solidão! Amarga companheira, olha-me

Enquanto sorvo o licor das tuas tetas

Olha-me! Assombração que me consome

Apara-me dos olhos as desilusões liquefeitas

Porque silencias, ó cruel substantivo?

Porque me escondes tua silhueta?

Toca-me o corpo, sente o frio convulsivo

Resultado da paixão mais imperfeita

Desposa-me, abraça-me, leva-me contigo

Para os confins das sombras que te alimentam

Arrasta-me nos braços para o teu abrigo

Eu já não suporto e já comentam

Que meus olhos, como os de um mendigo

Perderam o viço e já não se sustentam

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 03/04/2011
Código do texto: T2887614
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