MEU PORTO SEGURO

MEU PORTO SEGURO

Eu corri o mundo tendo pra quem voltar,

Teus braços abertos, prontos a receber,

O simples andarilho, que respirava viver...

Estou te perdendo pras revoltas do mar...

Fiz por ti o que pude, e não o bastante...

Ventos me levaram, pra onde não devia...

Estive enfeitiçado, e quase nem te via,

Visitas fortuitas, dum péssimo amante...

O pranto sem sal, com meu grito surdo,

Apavora minh’alma, agora, sem direitos...

Está nas leis divinas, de causa e efeito...

Tanto pra ser dito quando estive mudo,

E nosso caminho, ficando mais estreito...

Vou lembrar de ti, como sonho perfeito...

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Obrigado mestre MELRIS CALDEIRA por sua presença nesta sala, valorizando ainda mais cada verso deste soneto, que Deus lhe retribua devidamente

Meu porto seguro

Por diversas vezes fui,

Por ali, acolá,

Jamais sem deixar de voltar...

Ao seio familiar,

Confesso que fui,

Busquei novas emoções,

Novos lábios beijei,

Jamais sem deixar de voltar...

Fui pelas noites sombrias,

Tentando me encontrar,

Em outros corpos me saciar,

Jamais sem deixar de voltar...

Fui, mas nunca te encontrei,

Você, lá não se encontrava,

Estava aqui, única, do meu lado,

De onde nunca, eu deveria ter saído.

Para o texto: MEU PORTO SEGURO (T2883848)