O PUMA E O CONDOR

Ah! Nas tuas montanhas liberto meu puma

que domina-te as grutas e minas e sendas,

que passeia sozinho, a sumir pela bruma,

a cravar suas garras, em caças tremendas.

Em rugir solitário, sem pressa nenhuma,

o meu puma vagueia a explorar tuas prendas

e devora-te as presas, engole uma a uma

e na sua morada, penetra entre as fendas.

Mas as tuas montanhas expulsam felino

que não voa, só anda, o meu bicho ferino.

Tu desejas o céu, um sagaz voador...

E, das tuas montanhas, tu negas o veio,

este lago em que nado, encantado no enleio...

Então, mato o meu puma e me faço um condor.

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Obrigado, amigo JRoberto Jun, pela encantadora interação:

"Então, mato meu puma e me faço um condor"...

E saio flanando pelo espaço infinito:

Lá vou eu te buscando,

E teu nome eu grito...