VERDE ESPERANÇA
VERDE ESPERANÇA
Ergue-se a floresta nativa da esperança;
verteu água potável das rochas de altos mares;
estão vivas as flores que ornaram altares;
vingou todo o alento, empós a desesperança.
Corações que se ausentam em meio aos azares,
Após o diálogo têm mais confiança.
Saltitam felizes qual se fossem crianças.
Não resistem aos amores, do corpo os males.
Róseas gaivotas triscam nos peixes seus beijos;
o albatroz esvoaça aspirando a maresia;
voa alto e fascina a lua o humano desejo.
Do caminho à sombra a felicidade espia;
A lamparina clareia, só eu que não vejo,
Que um anjo de carne respinga poesia.
Afonso Martini
290311