VERDE ESPERANÇA

VERDE ESPERANÇA

Ergue-se a floresta nativa da esperança;

verteu água potável das rochas de altos mares;

estão vivas as flores que ornaram altares;

vingou todo o alento, empós a desesperança.

Corações que se ausentam em meio aos azares,

Após o diálogo têm mais confiança.

Saltitam felizes qual se fossem crianças.

Não resistem aos amores, do corpo os males.

Róseas gaivotas triscam nos peixes seus beijos;

o albatroz esvoaça aspirando a maresia;

voa alto e fascina a lua o humano desejo.

Do caminho à sombra a felicidade espia;

A lamparina clareia, só eu que não vejo,

Que um anjo de carne respinga poesia.

Afonso Martini

290311

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 01/04/2011
Código do texto: T2882866
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