À uma leitora

Ela apareceu do nada, inesperadamente

Como um cego que procura uma saída

Tropeçou até mim, mas veio sorridente

E me fez sorrir, quando entrou na minha vida

Ela sorvia o licor amargo da minha mente

compartilhando o gosto de uma noite mal dormida

lia e relia meus versos desesperadamente

cada lágrima, cada dor, cada ferida.

Não sei ainda o que dizer diante dela

Nunca alguém sentiu da forma que eu sinto

Nunca alguém ouviu o que quero dizer a ela

Esta mulher que fez do meu sangue, vinho tinto

E o bebeu, noite passada, à luz de vela

Há de me lançar, cego, em um labirinto

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 31/03/2011
Reeditado em 31/03/2011
Código do texto: T2882557
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