Infértil amor
Fizemos uma troca um tanto injusta
Trocaste-me pela paz de um novo amor
Enquanto eu te trocava pela dor
De uma solidão que me assusta
Não pequei, nem tu, és pecador
Nesse jogo inconteste, tendo em vista
Que no vale tudo da conquista
Se um vence, o outro, nem sempre, é perdedor.
Sob a branda névoa da lembrança
Às vezes o coração ainda chora
Cogitando por milhares de saídas.
Mas, nem sempre, entre duas vidas
O mesmo amor, para a felicidade, aflora
Sobre o fértil solo da esperança.