A matemática da solidão
Qual um número primo, a solidão
é tão indivisível, quanto o nada.
E é, na matemática aplicada,
o zero à esquerda da razão.
Ser só é ter a sombra imantada
no polo negativo do sistema,
tal qual o verso mudo de um poema
da última estrofe recitada.
Mas, apesar da conta negativa,
há muito que se sabe, de oitiva,
que bem melhor do que somar sozinho
é dividir o nada com alguém.
A solidão, enfim, vai muito além
dos zeros à esquerda do caminho.
Qual um número primo, a solidão
é tão indivisível, quanto o nada.
E é, na matemática aplicada,
o zero à esquerda da razão.
Ser só é ter a sombra imantada
no polo negativo do sistema,
tal qual o verso mudo de um poema
da última estrofe recitada.
Mas, apesar da conta negativa,
há muito que se sabe, de oitiva,
que bem melhor do que somar sozinho
é dividir o nada com alguém.
A solidão, enfim, vai muito além
dos zeros à esquerda do caminho.